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Elizabeth

Inglaterra, 1554.

Maria I, filha de Henrique VIII com a primeira esposa, Catarina de Aragão, torna-se a soberana.

Ela é uma católica fervorosa e está casada com Felipe II da Espanha, mas não possui filhos. O país está divido entre católicos e protestantes. Esses últimos são perseguidos e queimados como hereges. Muitos estão exilados.

Elizabeth, filha do rei com a segunda esposa, Ana Bolena, vivia no campo, em Hatfield. Ela era protestante e a próxima na linha de sucessão. Coma morte da irmã, ela assume o trono em 1558.

A história dos momentos que antecederam seu reinado e também dos primeiros anos deste, está contada no filme britânico  Elizabeth, de 1998, do diretor indiano Shekhar Kapur (mesmo diretor do belíssimo filme The Four Feathers, já publicado aqui no blog).

 
O elenco do filme é de primeira. A atriz que interpreta a rainha Elizabeth é a espetacular australiana Cate Blanchett. O filme conta ainda com os também ótimos atores Joseph Fiennes (mesmo que interpretou Lutero, no filme homônimo), Daniel Craig, Vincent Cassel, entre tantos outros.
 
Já falamos aqui da vida dos pais de Elizabeth na postagem do filme A Outra.
 
Após a morte da meia irmã, Maria I, Elizabeth foi coroada aos 25 anos de idade. Ela herdou um reino falido, com os cofres vazios, uma marinha esgotada e um exército sem munição, além de sérios conflitos religiosos, já que durante o reinado de Maria, a Inglaterra havia voltado a se submeter ao Vaticano.
 
Havia uma forte pressão do Conselho para que Elizabeth escolhesse logo um marido e gerasse um herdeiro. Essa era uma questão estratégica de estado e não uma escolha romântica. Havia pretendentes da França e da Espanha.
 
Ainda existia a ameça constante de Maria Stuart, rainha da Escócia, que reivindicava o trono da Inglaterra. Maria era casada com o menino Francisco II, seu primo e Delfim da França (irmão de Margarida de Valois - futura Rainha Margot, de quem falaremos em breve). A mãe de Maria Stuart, Maria de Guise, era a regente quando Elizabeth assumiu o trono.
 
Maria de Guise, tinha planos para atacar a Inglaterra com a ajuda dos franceses. Elizabeth, pressionada pelo conselho mas contra a sua vontade, sai na frente e ataca a Escócia com um frágil exército, sofrendo uma humilhante derrota. Não foram enviados reforços "de peso" para seu exército porque os bispos ingleses, oponentes de Elizabeth e ainda muito influentes, não haviam permitido.
 
Maria de Guise firma então um compromisso de não atacar mais a Inglaterra com a condição de que Elizabeth aceitasse a proposta de casamento de seu sobrinho, o Duque d'Anjou (também irmão de Margarida de Valois). Elizabeth, a contra-gosto,  aceita conhece-lo pessoalmente.
 
Em 1559 Elizabeth propõe aos bispos católicos, para votação, um Ato de Uniformidade, onde o  país adotaria apenas uma religião. Ela sabia que alguns deles, mais radicais, jamais votariam a seu favor. Seu segurança e fiel escudeiro então prendeu esses bispos durante a votação, e ela conseguiu ter sua proposta aprovada por exatos 5 votos. O Papa da épora era Pio IV.
 
Elizabeth recebe então o irreverente francês Duque d'Anjou. Mas seu coração pertencia a outro homem, por quem não poderia alimentar esperanças, já que ele já era casado. Inclinada a aceitar a proposta de casamento do duque francês, teve que voltar atrás e decidiu recusá-lo por causa de seu comportamento nada convencional.
 
A essa altura, sob uma forte pressão de todos os lados pela escolha de um marido e pelos constantes atentados contra a sua vida, ela se viu obrigada a agir com "mãos de ferro", e, novamente com a ajuda de seu protetor, consegue livrar seu país de todos os seus inimigos.
 
Elizabeth I
 
 
Reestabelecida a paz em seu reino, decidida a jamais se casar e não se submeter a nenhum homem, Elizabeth tem uma espécie de transcendência divina, e passa a ser conhecida como a Rainha Virgem.
 
A partir daí ela dá início à fase áurea de seu reinado, que durou mais 40 anos.